Livro: Sêneca – Sobre a Brevidade da Vida
Autor: Sêneca (com tradução, introdução e notas de Artur Costrino)
Ano de lançamento: 49 d.C. (muito tempo atrás)
Classificação: 3/5 ⭐
Gênero: filosofia
Páginas: 95

Lúcio Aneu Sêneca viveu no século I d.C. e se tornou um dos intelectuais mais reconhecidos do Império Romano, veio de família bastada e, com isso, deve muitos acessos durante sua vida. O livro foi escrito por ele e tenho a sorte de ter a edição bilíngue com a escrita original em latim. Entendo alguma coisa? Não, mas achei chique.
A tradução foi feita pelo Artur Costrino e gostei muito que em várias páginas o livro apresentava notas de rodapé explicando quem eram as pessoas e as situações que estavam sendo descritas no livro (afinal, é um livro um pouco antigo). Como ainda não conheço muito de filosofia, isso me ajudou muito.
Nesse livro vemos as reflexões do Sêneca especialmente a respeito do ócio, ou de como as pessoas apenas existem ao invés de viver. Ficam perdidas com tantos afazeres ou se preocupando com os outros e até mesmo com o futuro quando, na verdade, deveriam valorizar o hoje e o descanso.
Com isso as pessoas desvalorizam o seu bem mais precioso que é o tempo. Se naquela época já se falava isso, imagina agora quando ninguém tem tempo pra nada!
Preciso dizer que amei o livro porque eu sou uma pessoa muito cansada e amo dormir. Também me sinto cansada do ócio produtivo e às vezes queria fazer vários nadas, mas minha mente não permite, então tento relaxar como consigo.
Porém, devemos entender que Sêneca tinha uma posição privilegiada onde ele não precisava trabalhar. Não precisava se preocupar com as mazelas burocráticas ou financeiras da vida e isso se extende ao dia de hoje. Todos temos as mesmas 24h para reflexões, mas as qualidades dessas horas são muito diferentes.
Concluo então que o descanso é necessário e benefico ao ser humano, mas infelizmente limitado a quem possui certos privilégios que não cabem, especialmente, às mulheres. Infelizmente.
Você tem respeitado seu tempo?

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